Intencionalidade. Sem Brentano.
Em mim, o que mais ocorre é transitividade e travessia, noante e consciências sem objecto. Será apatia? Mera jouissance do viver? Tranquilidade absurda?
Não. É tormenta. Acreditar e não se saber em quê é delírio. Desejar e não se saber o quê é o princípio da permanência erótica. Desejo, então. Desejo tanto. Freud, socorre-me, que não sei o que desejo. Só sei que desejo.
Nem mesmo as minhas palavras conhecem sempre uma intencionalidade mental intrínseca. A minha escrita é deriva. E o meu alicerce oscila.
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