O OBSERVADOR,
leitor atento das crónicas de Clara Ferreira Alves, não resiste a citar algumas tiradas da Pluma Caprichosa do passado sábado sobre Cavaco Silva:
Interessa-me quem tem da política uma visão global e não paroquial e, justamente, o professor Cavaco é de paróquia, sempre foi, ninguém - já - o leva a mal por isso.
O país não esperava ansiosamente coisa nenhuma e, para dizer a verdade, eu acho que o país, o país que agora tem menos de 40 anos, já nem sabe quem é o professor Cavaco. Eu mesma - já - não me lembrava dele, e não aguardo, ao contrário do professor Marcelo, o Senhor dos Anéis parte III (...).
O senhor sempre foi paroquial, é uma das suas características e eu não quero que o senhor seja Presidente da República, seria tremendo anacronismo. O tempo nunca volta atrás, apesar das sereias que lhe segredam ao ouvido que Portugal o deseja. Desconfie do Desejado, o desejado jaz morto e arrefece, há séculos, na poeira de Alcácer-Quibir. Nunca mais voltou.
ALVES, Clara Ferreira (2004) «O Cavaco, parte II» Única, nº 1637, 13 de Março de 2004.
Pensavam que ia comentar?
Deixo-vos essa tarefa.
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