terça-feira, outubro 18, 2005

Sociedade da Informacäo

Em Helsínquia, cidade onde estudo presentemente, pude conhecer a nova Aleksandria. Näo sendo a biblioteca universal, memória dos tempos e de todos os homens, ela é certamente um lugar de inscriçäo, de preservaçäo, de acesso democrático ao conhecimento mediado por diversos suportes.

Aleksandria é a biblioteca que frequento em Helsínquia. A questäo da nomenclatura näo é fácil. A Aleksandria é um learning centre. Compreende um laboratório de informática de cinco pisos onde os computadores podem ser usados 24 horas por dia; salas de estudo; um self-learning language centre; um centro educacional para as tecnologias da informaçäo; uma biblioteca completíssima onde posso requisitar quantos livros desejar...

Deixem-me explicar que näo é por acaso que a Finlândia lidera os rankings de literacia e performance tecnológica. E näo é difícil perceber porque é que este povo teve de descer do topo das árvores (ah, as incomensuráveis florestas...), abandonar as indústrias de pasta de papel e investir em I&D. A Finlândia näo foi sempre um país rico, dizem-me. Mas a sujeicäo a um ambiente hostil obrigou à inovaçäo. E, claro, é visível nos finlandeses uma apetência natural para os gadgets, para os dispositivos tecnológicos, para os novos media.

A sociedade da informaçäo é aqui um compromisso colectivo. Mas é um compromisso inclusivo e näo-elitista. O ensino é orientado para uma práxis que espanta a tecnofobia. Espera-se do aluno o esforço, a vontade e o desejo de ser obreiro do seu saber. O processo é dinâmico e contínuo porque aprender é uma tarefa sempre incompleta.


Aleksandria