Bem sei (será que também o sentiram) que já não é Verão, mas a ilusão holográfica e térmica deste sol português mantém-nos contentes e desejantes de um Verão ilusório perpétuo. Fosse ele ao menos capaz de manter as ideias quentes e os pensamentos confluentes...
Here, at work, devemos achar que ainda é Verão, pois instalou-se entre todos uma rotina de difícil desabituação. Temos, entre nós, uma ventoinha. E ninguém se desabituou de a ligar, pela manhã. Nem mesmo eu.
What an old school object, pensei eu, quando a vi pela primeira vez.
Pior que isso, é a permanência ordeira deste objecto estival além saison.
Chega-me, com a periodicidade indesejável do sem aviso, a frescura artificial das pás mecânicas.
As ventoinhas deviam ser como os iogurtes e vir com prazo de validade.
No meio dos papéis e do caos que cobrem a minha secretária, do pó que a amável Dona I. não consegue remover à força de espanador, permanece esta minha alergia à ventoinha.
E não, não consigo explicar melhor porque não gosto da ventoinha.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home