O instante
Sei-o como primeiro indício de uma ficção fundadora. O instante é o primeiro objecto que me chega de fora de mim. Por isso, é também uma figura de engano.
Assimilo o instante à superfície. Ele instala-se. Transita entre prismas: do especular, do espectral.
Há, ainda, um momento em que se decompõe. Mostra imagens e personagens convocadas [desconheço muitas, outras são já diagnóstico da experiência].
Chego, por fim, ao tempo de compreender. Mas não permaneço. Há uma urgência que me grita de novo a circularidade do instante.
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