sexta-feira, julho 11, 2003

O instante

Sei-o como primeiro indício de uma ficção fundadora. O instante é o primeiro objecto que me chega de fora de mim. Por isso, é também uma figura de engano.

Assimilo o instante à superfície. Ele instala-se. Transita entre prismas: do especular, do espectral.

Há, ainda, um momento em que se decompõe. Mostra imagens e personagens convocadas [desconheço muitas, outras são já diagnóstico da experiência].

Chego, por fim, ao tempo de compreender. Mas não permaneço. Há uma urgência que me grita de novo a circularidade do instante.