quarta-feira, dezembro 24, 2003

Na manhã que desponta,



o néctar que rescende.
Um movimento latente cresce.

De olhos mudos,
contemplo-o.

[o observador deseja boas festas aos seus leitores]

domingo, dezembro 14, 2003

Ladies and gentlemen, we’ve got him!

Grave crise de pensamento. Grave esquecimento de valores éticos. Decadência moral ocidental que se infiltra e alastra a um pensamento global que demoniza um alter. Esta degeneração contribui para uma visão ambígua do mundo. Esta degeneração alimenta um discurso de guerra primária total e a sonegação das representações simbólicas de pessoa e comunidade.

Se olharmos mais longe concluímos que há um objectivo principal consciente das industrias que se preocupam em moldar os pensamentos e as atitudes: a indústria publicitária, a indústria das relações públicas, os intelectuais responsáveis que falam de como dirigir o mundo. As instituições ideológicas, nas quais se inclui a administração americana, podem subtilmente obscurecer e reinterpretar os factos em proveito e interesse dos que dominam a economia e o sistema político.

É preciso estar atento. Porque cada vez mais as palavras terror e terrorismo se transformam em ferramentas semânticas. Porque o campo social ocidental bebeu um discurso ritualizado e investido de grande carga simbólica e que se enraizou facilmente no tempo e no espaço, mercê de funções expressivas e pragmáticas fáceis como a dualidade maniqueísta entre o bem e o mal.


(lugar agora para recordar Saddam com um excelente trabalho jornalístico - The Survival of Saddam - da cadeia televisiva norte-americana PBS: segredos da sua vida e liderança, entrevistas, álbum de fotografias, vídeos. Aqui .)