sexta-feira, junho 22, 2007

here is the one and only responsible

for me wanting to be a journalist

- Kermit, the frog.

Does it sound credible enough?



| Sesame Street, Kermit's Animal sounds interview (1971) |

quinta-feira, junho 21, 2007

and now, for something far more serious



Este pequeno livro de George Steiner, absolutamente lúcido e de uma leitura tão fácil como cativante, recentrou a minha atenção na contemplação do que é, afinal, ensinar, e do que é aprender.

Fazer escola com mestres não é a experiência mais democrática que exista neste mundo. Nem todos os que hoje ensinam são mestres. Nem todos os mestres fazem Escola.

| a minha declaração de interesses neste post, é que eu assumo, orgulhosamente, ter podido conhecer verdadeiros mestres |

E por Escola eu entendo uma passagem de testemunho, uma transfusão de sangue-vida que generosamente atravessa a corrente sanguínea e o cordão umbilical, uma infusão, um chá quente bebido a dois. Ser mestre e ter discípulos é uma lição de maternidade. Pure motherhood.

O que George Steiner propõe, em "As Lições dos Mestres", é uma leitura histórico-filosófica, uma viagem pelos sistemas de pensamento. Sucedem-se transmissores e herdeiros de saber. Saber herdado porque inscrito na contemplação ascética, herdado porque incriptado em (sagradas) escrituras, herdado porque ouvido e recuperado por seguidores.

E há os mestres que, com o fervor intenso, nos ensinam a procurar em redor o reduto singular das coisas.
Flaubert, que ensinava o estilo como especificidade infinita, legou a Maupassant esta frase inflamada com poder inventivo:

"Seja o que for que pretendas dizer, há apenas uma palavra para o exprimir, um verbo para o fazer mover, um adjectivo para o qualificar".

Belle de Jour ou o exorcismo do erotismo

| li "Belle de Jour", de Joseph Kessel. |

exame despudorado da perversidade humana
onde os enigmas insolúveis do amor
se divorciam da frustação sentimental
(o físico pulsa, sempre, inquieto)

Ah, Séverine, encontraste habitat secreto
no corpo profanado a pedido.

Porque amas, Sévérine
o leito branco, burgês e casto de Pierre
se é nos lençóis conspurcados, da esquina e da rua sombria, que te comprazes?

Becos esconsos, portas travessas do desejo.
Até às 5 de cada tarde.

Porque voltas, Sévérine?
Porque te confessas
e não te entregas à chama interior que te consome?
Suportas o peso férreo da culpa
ou queres provar que não há maior sentimento de dívida que o amor?



| "Belle de Jour", o filme, de Luis Buñuel |

sábado, junho 16, 2007

Al-Tejo | professional pride |


(no) feelings revealed

|www.tsf.pt|

Come on, little stranger

O ritual é o da minha twisted imagination
é que tanta vez me apetece a suspensão da normalidade
(ah, como abomino a normalidade)
e embarcar no ritmo descontrolado da vontade

sem vozes de fundo de pano
ou grilos fazendo "cri cri" à consciência

a hipérbole do non sense não é against the law
e, acho que já disse,
apetece-me muitas vezes.

aos que me fazem olhar para trás
e parar, por instantes, a máquina em marcha surreal
- eu ensaio os passos de uma dança desconcertante

e gesticulo. e articulo. e digo:

what if? what if? what if?




Nouvelle Vague | "Dance with me" |

sábado, junho 09, 2007

B&W Milonga (professional journal)

The variation is: whatever happens,
it is always new(s).
- please, make note, a happening is not a mere frivolity of time

To this recipe, add whoever is the leading actor (oh, it’s not a vast category…)
- the runners head to where he or she is responsively, almost subserviently

Wherever what the runners pursue is taking place is their ultimately desired location
The runners are so there.

The runners are J., V. & JJ.

The three runners take a cab and hit the streets.

J. is testing how firm his feet are for Milonga.
V. spins confidently (does she really know?...)
JJ. is the experienced master.

The non variation is:
- Rather than mediating power tensions, some of the runners feel they're dancing to music moved by (in)visibe strings.

Oh, they just dance their daily milonga…



Jaimes Friedgen & Heather Morrow |Part Two of improvisation/performance|
"Flor de Monserrat" (Biagi Milonga) & "Lágrimas y Sonrisas" (Biagi Vals)