quarta-feira, novembro 22, 2006

learning city



Keeping track of my own psychogeography, I must write about Nottingham, and the magical gardens of wisdom, crossways of knowledge that I crossed so gladly. In Nottingham, I learned the human dimension of Universitas. Thank you all, people that I met, for that journey we all took. More than analysing conflict, we were dealing with our own representational universes, conceptual alphabets clashing against each other. Thank you, Professor M., for having taught us, with impressive brilliatism, that what is problematic about reality, is what we make of it by means of multiple discourses, controlled - in its porous layers - by those who can exert power. Between visibility and invisibility.

sábado, novembro 11, 2006

Remembrance Day



Nunca te conheci, avô. Mas conheço a linhagem hereditária, que chegou até mim na mais substancial forma de bondade. Mãos calosas que se abrem infinitamente. Em trincheiras de uma guerra que não foi tua, recordo-te, sem de ti ter memória. Só conhecimento. Só a mesma planície, no olhar. A que, seguramente, sempre desejaste regressar. Para respirar.

Hoje, o remembrance day é teu. E meu, também.

sexta-feira, novembro 03, 2006

La verite



"Je te le jure tu as ma parole
Je te dis la vérité
Je t'explique ce qui s'est passé"

Texto: Vive la Fête
Imagem: François Lemoine, "Time saving Truth from Falsehood and Envy", 1737

A verdade circula pelos caminhos sinuosos da mentira. E é bom saber que o tempo consubstancia a sua reposição. É bom saber que a verdade finta os trilhos, as arquitecturas e osquestrações conspirativas dos destinos mal resolvidos. E que depois da mácula, ela surge branca, como a revelação que ansiamos.

A verdade está sempre à nossa volta, ao alcance da mão. Mas teimamos e refugiamo-nos numa inocente ignorância, que a certeza que julgamos possuir embala.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Preto e branco



Eu sou de um tempo preto e branco.
Não pertenço ao presente. Pertenço a uma luz difusa que brilha e cintila num cristal que fere e mata.

Cinema: "India Song", Marguerite Duras, 1975

Vermelho



Descobri uma nova gradação de cor. "Vermelho-vestido".
Esta é uma categoria apreensível por todos os meus sentidos. "Vermelho-vestido" é uma totalidade inteligível, que os olhos bebem, embevecidos.

Saudades de rever o "vermelho-vestido". Em qualquer próxima paixão.

Cinema: "India Song", Marguerite Duras, 1975

Tornei-me volatil no tempo doloroso.



E cansei-me de me degradar na espera.

Cinema: "India Song", Marguerite Duras, 1975