observai o observador observado*
(*W. Burroughs) BLOG de Jorge Tiago Martins [comentários e sugestões para jorgetiagomartins@hotmail.com]
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Loulou. image absolue. suprème passion.
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«L'image restitue au regard l'éclosion du visible: les images ne doivent pas se substituer aux choses, mais montrer comment elles s'ouvrent et comment nous entrons dedans».
Laurent Lavaud. «L'Image»
i turn to your image, as my state is of permanent need. and this photo of yours enclosures my conscience in a game of desire. you are now and always part of my ontologic structure. je suis avec toi. tu es l'ordre de ma substance.
Intencionalidade. Sem Brentano.
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Em mim, o que mais ocorre é transitividade e travessia, noante e consciências sem objecto. Será apatia? Mera jouissance do viver? Tranquilidade absurda?
Não. É tormenta. Acreditar e não se saber em quê é delírio. Desejar e não se saber o quê é o princípio da permanência erótica. Desejo, então. Desejo tanto. Freud, socorre-me, que não sei o que desejo. Só sei que desejo.
Nem mesmo as minhas palavras conhecem sempre uma intencionalidade mental intrínseca. A minha escrita é deriva. E o meu alicerce oscila.